Às vezes ouvimos frases que nos apertam o peito, como: “Eu não consigo fazer isso.” É quase automático soltar um “claro que consegues!”, ou tentar animar, corrigir, resolver. Parece carinho, mas muitas vezes é só pressa para tirar o desconforto do ar. O problema é que, quando respondemos assim, não damos espaço para o que a criança realmente está a tentar dizer. Pode ser medo. Pode ser vergonha. Pode ser frustração acumulada. E se saltamos logo para a solução, perdemos uma op

Neste artigo, vamos aprofundar o que se sabe sobre o microquimerismo fetal, como ele pode influenciar o comportamento materno, o que a neurociência explica sobre hipervigilância, porque o apoio emocional e logístico é vital, e como esta descoberta pode ajudar mães portuguesas a compreender melhor o próprio corpo e a própria mente.

Nem tudo o que parece educativo, ensina. Nem toda “estimulação” ajuda a crescer. O desenvolvimento infantil acontece nas relações — no olhar atento, no tempo partilhado, nas pequenas rotinas do dia. É ali que nascem a confiança, a curiosidade e a vontade de aprender. Antes de perguntar “o que o meu filho já sabe?”, experimente perguntar: 👉 “Como ele se sente quando aprende?” Menos pressa. Mais presença. Mais vida a acontecer. 💛

A crise de identidade infantil é um fenómeno subtil, mas profundamente humano. Costumamos associar “crise de identidade” à adolescência, quando os jovens questionam valores, aparência e pertença. No entanto, a neuropsicologia mostra que esse processo começa muito antes — entre os 3 e os 10 anos, o cérebro infantil passa por um ciclo intenso de construção do “eu”. Mais do que um capricho comportamental, esta crise é um marco do desenvolvimento neurológico e emocional.

Todas as mães conhecem bem aquele momento em que o corpo grita “pausa”, mas o relógio insiste em avançar. Entre tarefas domésticas, trabalho, escola, refeições e birras, a agenda de uma mãe raramente tem espaço para ela própria. O resultado? Um cansaço que se disfarça com café, um sorriso automático e uma lista infinita de prioridades onde o autocuidado fica sempre para depois. É justamente por isso que nasceu a Rotina SOS Mães — porque cuidar de si não é luxo. É sobrevivênci

De repente, aquela criança dócil e cooperativa pode transformar-se em alguém cheio de vontade própria, que desafia regras, contradiz-se constantemente e testa a paciência dos adultos. A crise dos 4 anos representa um momento único em que a criança expande a sua autonomia, desenvolve capacidades cognitivas mais complexas e começa a explorar a sua identidade. Para os pais, pode ser cansativo — mas também é uma oportunidade de ensinar autorregulação, respeito e empatia.

A infância é o berço da autonomia e do pensamento crítico. Educar não é apenas ensinar a obedecer, é preparar futuros cidadãos capazes de refletir, dialogar e tomar decisões responsáveis. Por isso, é essencial que a criança cresça num ambiente onde se sinta ouvida, respeitada e segura para expressar o que pensa. Neste artigo, vamos refletir sobre a diferença entre obediência cega e cooperação consciente, mostrando porque incentivar a voz da criança fortalece a sua autoestima

Quando um filho chega ao mundo, nasce também uma enorme responsabilidade: cuidar, proteger, ensinar e amar incondicionalmente. Junto a essa missão, surge um peso invisível — a ideia de que os pais devem ser perfeitos. Que não podem perder a paciência, levantar a voz ou tomar decisões equivocadas. Mas a verdade é outra. Não existem pais perfeitos. Existem pais humanos, que falham, se arrependem, aprendem e tentam de novo. O mais importante não é a ausência de erros, mas como

A palavra “resiliência” ganhou destaque nos últimos anos, mas continua muitas vezes mal compreendida. Não é apenas a força de resistir quando tudo parece desmoronar. Mais do que suportar, trata-se de aprender a atravessar os obstáculos, reorganizar-se diante das adversidades e reencontrar o equilíbrio depois de uma experiência difícil. Esta capacidade não surge do nada: é construída, cuidada e estimulada — e desempenha um papel essencial no crescimento das crianças.

Algumas parecem viver tudo de forma intensa: choram com facilidade, assustam-se com ruídos que passam despercebidos a outros, irritam-se mais depressa ou têm dificuldade em “desligar” depois de um estímulo forte. Este perfil pode estar ligado à hiper-reatividade na infância, um traço que não deve ser confundido com birras normais, má educação ou falta de limites. Reconhecer a hiper-reatividade é essencial para apoiar o desenvolvimento saudável da criança e evitar rótulos inju

A educação infantil é o alicerce invisível sobre o qual todo o desenvolvimento humano se ergue. É nela que aprendemos a confiar, a comunicar, a lidar com frustrações e a desenvolver a curiosidade. É no colo, no olhar atento e na escuta paciente — tanto em casa como na escola — que nascem as estruturas emocionais e cognitivas que sustentam toda a jornada da vida. Por que razão a educação infantil é o verdadeiro pilar do desenvolvimento humano e o que podemos fazer, enquanto f

Se és mãe, provavelmente já te preocupaste com a forma como o teu filho reage à influência dos colegas. A pressão dos colegas é um fenómeno comum na infância e adolescência e pode surgir em situações simples, como experimentar uma moda, até escolhas mais sérias, como comportamentos de risco. Ensinar o teu filho a lidar com estas situações não significa isolá-lo, mas sim dar-lhe ferramentas para manter os seus valores, respeitar-se e, ao mesmo tempo, conviver de forma saudáve

Muitos de nós crescemos sem aprender a lidar com as próprias emoções. Quando crianças, ouvimos frases como “engole o choro”, “para já com essa birra” ou “não tens motivos para estar assim”. Hoje, uma nova geração de pais e mães quer fazer diferente. Quer ensinar os filhos a sentir, dar nome às emoções e mostrar-lhes caminhos seguros para descarregar a raiva, a tristeza e até a alegria intensa. E a boa notícia? Ao ensinar os filhos a sentir, também curamos feridas antigas em n

Já reparaste que os teus filhos parecem estar distraídos a brincar, mas de repente repetem uma frase que disseste há dias? Isso acontece porque eles estão sempre a ouvir. Mesmo quando não lhes falamos diretamente, mesmo quando acreditamos que “não prestavam atenção”. Neste artigo, partilhamos exemplos simples e poderosos de como as nossas palavras, ditas “ao acaso”, podem marcar para sempre o coração e a forma de ver o mundo dos nossos filhos.

Ninguém nos entrega um manual de instruções ao sair da maternidade. Aprendemos fazendo, errando, ajustando. Ainda assim, existe um caminho que pode tornar esta jornada mais leve e consciente: a leitura de livros que todo pai e mãe devem ler. Elas oferecem perspetivas baseadas em ciência, em histórias reais e em práticas comprovadas. Mais do que ensinar técnicas, esses livros ajudam-nos a compreender os filhos em profundidade e a olhar também para dentro de nós enquanto educad

Como mãe ou pai, vive num mundo em que as telas estão em todo o lado — e fugir delas, hoje, é quase impossível. O desafio não é proibir, mas aprender a usar. O uso de telas pelas crianças pode ser uma ferramenta de aprendizagem e curiosidade, desde que acompanhado de critérios claros. Vamos falar sobre os riscos, as formas de mediar, a importância de escolher bem os conteúdos e, no final, deixamos uma lista de sugestões para ver com os seus filhos — sem culpas e com muito mai

Você sabia que como o seu filho o vê muda pelo menos sete vezes ao longo da infância e adolescência? Entender estas fases ajuda não só a aliviar conflitos, mas também a construir uma relação mais forte, empática e consciente. Neste artigo, vamos explorar, com base na ciência, como essa visão se transforma — e como pode apoiar cada fase com sabedoria.

A proposta do método Montessori em casa não é sobre ter um ambiente perfeito, estantes de madeira cara ou brinquedos estéticos. É sobre construir uma rotina com os nossos filhos, onde até o mais simples gesto se torna aprendizagem. Este artigo é para ti, mãe, pai ou cuidador, que quer abrir as portas para uma infância mais ativa, participativa e encantadora — dentro da tua própria casa.

As atividades extra-curriculares estão organizadas ao minuto. A casa está repleta de brinquedos, livros e ecrãs. E, mesmo assim, a frase aterradora ecoa: “Estou aborrecido(a)!” O impulso natural é agir. Sugerir uma brincadeira, ligar a televisão, marcar mais uma atividade. Mas... e se te disséssemos que o tédio infantil não é um problema, mas sim uma janela de oportunidade? Vamos mostrar-te como esse momento de “vazio” pode ser essencial para o crescimento saudável dos teus f

É nos momentos de maior desafio emocional — quando há birras, frustração, ciúmes ou tristeza profunda — que surgem as maiores oportunidades para ensinar e moldar o carácter dos nossos filhos. Como ajudamos uma criança a atravessar essas situações pode influenciar diretamente o seu bem-estar emocional ao longo da vida. Vamos explorar os fundamentos para criar filhos emocionalmente saudáveis, que saibam comportar-se e regular-se mesmo em momentos difíceis.